(para pegar o fio da meada, comece a leitura do início e depois siga na ordem da postagem)
ELOHIM, OS DEUSES?
G: Elohim, este nome está no plural, não é? Deuses...
M: é, pode ser traduzido por ‘deuses’; Deus não estava sozinho, eram muitos entre eles, pois eram muitos os seres divinos envolvidos na geração da Humanidade
G: isso é meio complicado.. sempre achei que esse plural se referia ao Pai, Filho e Espírito Santo, de acordo com a teologia bíblica; é afirmado mil vezes que há um só Deus
M: pessoalmente, acredito num só Deus, o Pai, que é a Fonte de tudo, mas não se trata de uma divindade com quem se pode falar, ou orar; isto pode até parecer uma mistura de monoteismo com politeismo.... mas a própria palavra ‘deus’ é muito vaga e cada cultura concebe o seu conceito de divindade
G: vc acha que axiste algo mais espiritual, outra espécie de ser totalmente espiritual além de Deus e dos anjos?
BOLA DE LUZ
M: lembra da ‘bola’, que escrevi? o Pai, pra mim, é a ‘bola primordial’, o estado primordial de todas as coisas; não se fala sobre ele, nem se adora como Deus, pois ela, a bola, é você mesmo! como você adoraria a você mesmo? orar ou falar com você mesmo? você pode apenas ser UM com o Pai; isto não é teologia, é fato.
G: então.. e os animais e todas aquelas coisas que dizem no Apocalipse, que ficam falando sem parar que Ele é, que era, e que sempre será, e mais um monte de coisas?
M: isto acontece no nivel da realidade do universo manifestado – você pode até ter um encontro com um maravilhoso ser, e ter a certeza de que viu Deus... alguns dirão que viu a figura de Cristo; mas tudo isto está no mundo das aparências; o sujeito pode ter subido até o sétimo céu, mas ainda é o mundo da manifestação, das aparência; são imagens e conceitos concebidos da vida na terra – mas se a percepção puder subir mais acima, desfazendo-se de todas as aparências, já não poderiam haver formas, as classificações, as divisões; estas ilusões se desfariam e tudo que é seria aquela ‘bola primordial’
ROBERT MONROE
G: existem um nivei mais acima que o "céu"?
M: o que é o ceu pra vc?
G: o pós-morte.. lugar onde vamos encontrar tranquilidade... conhecer o divino... ter ampliação de consciência etc.
M: se for neste sentido, haveriam muitos céus, níveis de céus.... e o conceito do céu seria aquilo que Robert Monroe numerou em diversos ‘focos’, derivado de ‘focalização da percepção’ – foco 10, foco 12, foco 15, foco 21, etc e tal...
G: nossa...
M: não posso explicar tudo aqui, tem que ler o livro dele; ele saía à vontade do seu corpo físico e vistava cada foco, observava os trabalhos que os habitantes de cada foco realizava na manutenção do ‘mundo dos espíritos’, e descreveu no seu livro (Obs: "Viagens fora do corpo" (Editora Record) / "Viagens além do Universo" (Editora Record) / "A Última Jornada" (Editora Record / Nova Fronteira)
G: mas, como haveria um plano superior ao plano que conheceremos o divino?
M: sempre existe algo acima, o universo é infinito
G: como o Robert Monroe pode provar tudo isso sem ter que morrer? o foco possibilitou isso a ele?
M: não sei como ele conseguiu... deve ter tido algum propósito específico a existência deste pesquisador da consciência; tem coisas que realmente não se explica, a gente tem que experimentar e ver com os próprios sentidos; se fosse assim tão fácil, receber tudo explicadinho, mastigado, seria canja de galinha;
G: é...
M: bom mesmo é o processo humano – dar nossas cabeçadas, errar, pecar, se enlamear, e sair da lama transformado – é isto que os seus anjos esperam de voce, não é? um grande feito... por isso, é permitido errar muitas vezes, sem medo de errar, pois já não há mais condenação para quem está firmado na consciência de Cristo.
CONDENAÇÃO NA TEOLOGIA
G: eu também sinto isso, mas não entendo pq a bíblia quer passar tanto medo
M: eu não me preocupo com isto – eu já quis até xingar os teólgos, o sistema da igreja, que eu achava que foram eles que me fizeram andar pelos caminhos estritamente 'bíblicos' – sabe, certa fase da minha vida me pareceu ter sido tempo perdido, inútil... mas já me refiz desta fase de arrepedimento: hoje sinto que tudo foi necessário, e útil, nada se perdeu, nada foi em vão
G: eu me preocupo um pouco.. fico intrigado, pq os apóstolos eram tão medrosos... e condenavam tanto.. será que a mente deles não haviam provado coisas que hj provamos?
M: penso que eles não se encucaram com isto; falaram para o seu tempo, usando uma certa linguagem que era adequada para a época; e penso que falaram bem; mas para os dias de hoje, vamos fazer a devida releitura, não é?
G: sim.. mas pq falavam tanto em condenação?
M: não sei... só sei que Jesus mesmo foi um show...
G: foi mesmo...
M: mas os que vieram depois, andaram num nivel mais baixo
CORRENTE DE MENSAGEM PERDIDA
G: acho que a parábola entre rico e lázaro diz muita coisa; falou o que o povo necessitava ouvir, no nivel de condenação, da culpa, dos pecados mortais e escambau... mas falar o que se quer ouvir é conivência com algo errado.
M: não é assim.. rs, eles não agiram de má fé, apenas estavam condicionados ao espírito da época, e fizeram o melhor; reproduziram a espiritualidade condizente com o seu tempo, algo assim... se vc fosse o Pedro, o que ia fazer? tem certeza de que seria melhor que ele foi?
G: sei lá... hahaha
M: interpretaria do melhor modo dentro do próprio entendimento, passaria pra fente em palavras e ações, os quais ecoariam no ouvido das pessoas, cada um no seu entendimento para ir reproduzindo, multiplicando, ate resultar neste sistema religioso chamado de cristianismo, certo?
G: é, mas condenação é um tema que diz respeito à eternidade... não sei... não já como interpretar diferente... realmente não entendo rsrs
M: penso assim; o pecado é um conceito antigo, gerado na mente das pessoas, devido à queda; dae, vieram os homens da classe dominante que queriam controlar os outros, para o seu próprio benefício, e usaram a religião para este fim; do lado divino não havia nenhuma ira contra os homens, mas devido ao sentimento de incapacidade por parte dos homens... o sistema religioso tratou de criar dogmas a respeito da necessidade de expiação de pecados
G: o que me intriga é que Paulo, mesmo depois de falar e falar da graça, fala dos que não entrarão no reino dos céus
M: ah, Paulo... ele foi durão em certos momentos
G: vc acha que tem escritos dele manipulados? acha que tem alguma carta atribuúida a ele que não seja dele? Porque ele fala, fala, fala que não há condenação para os que estão em Cristo, e depois diz sobre os ladrões, mentirosos, efeminados que não entrarão no reino dos céus.. e olha que ele visitou até o terceiro céu, hahaha
M: não sou bom o suficiente para falar nisso; negocio é saber reler, separar o que serve pra gente – não foi ele mesmo que recomendou fazer isto? Vamos fazer com as Cartas de Paulo, rs
G: é rsrs
M: todo mundo tem o direito de viajar na maionese
G: é..
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