quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tradução parcial do livro "Pesquisando o Sobrenatural" Autor: Ken Morita Parte 2

  Desafio do Foco 35 - o ápice
Até uns tempos atrás o Foco 35 era definido da seguinte maneira no Instituto Monroe. 
"Um nível além do pensamento humano e da noção do espaço-tempo. Uma vez que se entra neste nível, o ser humano não retorna mais."
Porém, após diversos experimentos, o curso foi liberado para participantes de modo geral.
Estava chegando a nossa vez de tentarmos acessar este nível.
(Será que vou conseguir?) - grande era a minha espectativa.
Acredito que o meu preparo para esta sessão estava sendo realizado desde antes de chegar ao Instituto. O curso 'Jornada ao Foco 35' é realizado duas vezes ao ano, nos meses de Janeiro e Junho. Há um ano atrás, apesar de minha grande espectativa, de alguma forma, senti de me inscrever para a data de Junho do ano seguinte. Durante este período de espera, havia realizado diversas pesquisas pelo mundo, com muitas experiências extraordinárias. 

Nas Filipinas eu havia introduzido um emissor de rádio no meu corpo; na China presenciei o fenômeno da teleportação; tive o meu encontro com um paranormal capaz de realizar a ressuscitação. Eu acreditava que de alguma forma todas estas experiências contribuíam para este momento crucial. Ver diante de mim o fenômeno da ressuscitação (de camarão seco e do grão cozido) teve um impacto especial. Aqui no Instituto, agora eu tinha a certeza de que a paranormalidade demonstrada por eles provinham de um nível além do Foco 27, em forma de energia vital. Em outras palavras, eu sentia uma grande confiança em relação ao mundo do além. Esta viagem parecia ser uma conseqüência natural deste processo - nem um aventura irresponsável, nem um passeio descompromissado.
Foco 35 seria o nível máximo que uma forma humana era capaz de atingir. O tempo estava propício - assim eu sentia. Tudo agora dependia de como eu iria proceder nesta próxima sessão no Instituto Monroe.
"Que sou eu?" - esta questão estava respondido dentro de mim, agora eu conhecia a vida da Terra (Gaia), e o próximo passo estava começando. Eu queria preparar para esta viagem uma questão adicional, a fim de potencializar a minha espectativa.
"Após o jantar, vamos ao Foco 35."
Quando o treinador anunciou, todos vibraram. Alguns balançavam o punho em gesto de 'lá vou eu'. Todos esperavam por este momento. Amanhã seria o último dia do curso. Depois da sessão da noite, teríamo mais duas sessões na manhã seguinte. 
Eu concluí que precisava fazer alguma coisa antes da hora de começar. Escolhi uma mesa de três lugares, e convidei para sentar duas pessoas. Eram eles R, veterano de 13 cursos do Instituto, e M, nascida no Japão.
Com R havia tido horas e horas de conversa, pois ele havia manifestado um interesse muito grande com o meu aparelho medidor de ondas mentais. Gostava de falar com M por ser conhecedora de ambas culturas, americana e japonesa. 
Assim que no assentamos à mesa, falei que pretendia ajustar a sintonia para o Foco 35.
O meu assunto era 'O Novo Mundo'. Eu desenhei o gráfico.
O gráfico indicava o ser humano saindo do mundo natural para acessar o mundo novo. O mundo natural se referia ao mundo dos animais e vegetais. Este mundo natural, por ser confortável, muitos querem permanecer nele. Eu disse que isto era a fuga, pela perda do seu verdadeiro eu. 
Falei que a direção contrária representava o crescimento; deixar o estado de ser vivificado, para entrar na dimensão do ser vivificante, tornando-se livre. A minha opinião era que a Terra evoluía para entrar nesta dimensão.
R disse que não estava plenamente de acordo, pois, para o propósito do crescimento do ser, tanto o caminho da volta como o caminho de avançar eram necessários, e que não poderia julgar entre uma direção e outra.
M disse que concordava com R.
Enquanto discutíamos, o refeitório ficou vazio. O treinador nos chamava para outra sala para o início da sessão.
Ao apresentar este tema para os meus colegas, eu estava convicto de que seria capaz de acessar o Foco 35. Na minha suposição, Foco 35 era o Novo Mundo, sendo assim, a razão porque era chamado de 'um nível acima do intelecto humano e do tempo e do espaço'. Se este nível fosse fácilmente descrito, não poderia ser definido desta forma. 
Todos estavam na sala, e pareciam um pouco tensos. 
Treinador começou a explicar os passos que devíamos tomar a fim de acessar o Fogo 35. Explicar os passoa antes da sessão era algo raro. 
Os passos eram os seguintes.
Em primeiro lugar, iríamos acessar o Foco 27. Mesmo este foco era constituído de dois níveis: inferior e superior, o que significava que esta região possuía uma amplitude. Ele explicava que tinha que realizar 'saltos' entre um nível e outro. Eu não entendia como era este salto. O acesso ao Foco 35 seria realizado com um 'grande salto' para cima, acessando-o de maneira instantanea.
Dava a entender que não haveriam mais instruções apartir da sala de controle. Até agora tudo era feito mediante instruções, e bastava aos participantes segui-las. Foco 35 seria um lugar que requeria sermos ativos, e não passivos. 
Um dos participantes perguntou: "E se alguém saltar demais, e ir para além do Foco 35?". 
O treinador respondeu simplesmente: "Ele nunca mais volta".
Todos nós fizemos uma roda, e ao comando do treinador, gritamos: "Let's go, Focus 35!"
Cada qual se dirigiu ao seu compartimento. 
 
Para dentro da luz
Começava a viagem para este nível, que seria o nível máximo habilitado pelo Instituto Monroe para seus participantes. Vesti uma camiseta, por ser verão em Virgínia. Assim que me relaxei no leito comecei a ouvir o som do fatante.
"Sou mais que um corpo físico, porque sou capaz de ir além da matéria e perceber realidades para além da matéria.
Amigos, o alvo desta busca é contribuir para a expanção da consciência.
...
Ao iniciar este processo, solicito que permaneçam abertos, que percebam tudo com clareza, e reajam com precisão.
Esta é a última jornada ao Foco 35. 
Vamos primeiro ao Foco 27, como sua posição de partida.
Indo ao Foco 27...
...
Agora você está no Foco 27.
Agora vamos aprender o processo necessário para acessar o Foco 35.
Será o 'local' de nos reencontrarmos. 
Trata-se do local onde se reúnem os 'observadores da consciência'.
Vamos assimilar algumas técnicas para acessar o Foco 35.
Relaxe-se lentamente...
Siga o fluxo...
Siga o som...
Agora comecem a se mover entre o Foco 27 e o Código-Terra 27.
(nota - Código-Terra 27: foi o nome dado para o nível energético que corresponde à nossa Jornada para dentro da Terra - coresponde ao 'piso', em relação ao Foco 27)
...
Você, agora se encontra sem forma no Código-Terra 27.
...
Lentamente, tranquilamente, vá seguindo o som da música
...
Agora, a partir do Código-Terra 27, realize o seu salto, atravessando o Foco 27, até atingir o Foco 35..."
Eu quase nada ouvi desta parte da instruções. Agora eu estava no Foco 27.
Meu pai e minha avó (finados) junto com Kenichi (finado filho) estavam me observando na partida. 
A cena era como de uma paraíso em alguma ilha equatorial.
Sentia o vento, cheiro e a temperatura do ambiente.
Neste instante, senti o som do Hemi-Sync provindo da sala de controle como se fosse som do jato.
O som do Foco 27 se assemlhava a uma espécie de som espacial, enquanto que o som do Código-Terra era semelhante a ondas do mar. Ambos os sons começaram a se entrelaçar, aumentando gradativamente de velocidade.
Até que comecei a notar um ponto de luz nas alturas, que se aproximava cada vez mais.
"Está indo bem..." - comentou Kenichi
"Ken, tudo bem aí com você? - perguntava meu pai. 
Fiz sinal que sim.
O ponto de luz agora era um facho de luz, e logo me vi envolvido dentro do facho.
Vou me valer do desenho animado para fazer as comparações. O som era semelhante ao da nave espacial 'Yamato', instante antes de lançar o tiro, na hora de carregar a força, quando emitia aquele efeito sonoro como de vibrações que ia aumentando gradativamente.
"Viiiiiiiimmm......."
O som da Hemi-Sync aumentava cada vez mais.
Assim que o som chegou ao seu auge, senti um ruído como de um canhão de tiro, e me vi lançado ao espaço.
Meu parentes iam ficando cada vez mais pequenos, e ao mesmo tempo, eu estava me despojando de minha forma e demais carcaças humanas, cada vez mais avançando para dentro da luz.
A sensação era como de ser puxado por alguma força.
De repente houve uma aceleração, que se assemelhava à nave Falcon, do filme "Guerra nas Estrelas", quando atingia a velocidade da luz, e as estrelas voavam para trás.
'Puxa, que lindo espetáculo..."
A seguir, senti que estava passando por dentro de um túnel de luzes, como no filme 'Contact', de Carl Sagan. Talvez estivesse a uma velocidade acima da luz.
Percebi que eu estava envolvido em uma cápsula de luz. Era como aquela fina membrana que aparece na cena final do no filme "2001 Uma Odicéia no Espaço" envolvendo o feto.
Toque na cápsulo, e aquilo vibrava intensamente. 
Nas Olimpíadas do Inverso há uma modalidade de competição de velocidade sobre uma pista côncava - era como estar naquela pista, mas à velocidade de luz.
A sensação não se comparava com aquele entusiasmo sentido nas Filipinas, quando introduzi o emissor de rádio no meu corpo. Também não se comparava àquele prazer intenso sentido no sexo feito no corpo sutil. 
A velocidade era extraordinária...
Será que esta experiencia durou um minuto? Por um momento senti uma preocupação: para onde vou? mas por outro lado, estava resolvido a me entregar à experiência. Nunca antes havia experimentado uma saída do corpo com sensações tão intensas.
Ter pago 1495 dólares por esta experiência, não foi caro, de modo nenhum.
Comecei a enxergar uma forma como da galáxia. Percebi que o caminho de luz se estendia até esta galáxia. No mesmo instante em que vi um foco de luz adiante que parecia ser a saída, eu estava sendo expelido para o outro lado.
Logo que saí para o outro mundo, eu senti que ia cair de volta ao túnelm mas no instante seguinte senti sendo amparado por diversos seres. 
Até aquele momento podia ouvir o som que vinha da sala de controle, mas agora, nenhum som da terra atingia os meus sentidos. 
Haviam vários seres sustentando o meu corpo, mas percebia que haviam centenas de outros ainda  ao redor.
Eu estava sentido uma tranquilidade como a de um bebê no repousando no berço.
(Que grande paz é este...
Seria aquela tranquilidade absoluta que vem da certeza de que nenhum mal me atingirá?... não, não era isso.
Será a ausência total de solidão?... não, não era.
Será como o amor de uma amada?... não, era mais.
Será como o sessogo do aconchego de meus pais, que sentia ao estar no meio deles?... não, parece mas não é só isso.
Seria então aquela sensação de que estava tudo completo, nada mais precisa ser acrescentado... sim, era isso mesmo!)
Sentia que nada precisava mais ser acrscentado a mim.
De fato, eu havia deixado para trás todas as formas humanas no Foco 27.
"Não sou ninguém" - foi por isso que esta resposta era necessária para atingir o Foco 35?
Aqui, eu tinha a certeza de uma coisa: podia estar inteiramente despido e me sentir à vontade.
Experimentei levantar o corpo.
Tentei olhar a aparência daqueles seres que me sustentavam, mas não podia enxergá-los. Por que? Será que eles também 'não eram ninguém'?
Atrás destes seres que não eram ninguém, estavam milhares de outros seres, observando-me.
Os primeiros mais próximos eram meus parentes. Eles pareciam muito felizes. Eu sorri para eles. 
(Mas, por que eu tinha que ver meus parentes, logo aqui?)
Atrás deles, estavam meus pais. Era o meu pai que havia visto, agora pouco.
Depois, seguiram os colegas dos tempos do colégio.
Mais adiante, meu colegas da faculdade. Vi também colegas do primário e do secundário. Vi meu amigos atuais. Vi estrangeiros. Sim, eram os colegas do Instituto Monroe.
Estas pessoas estavam suspensos no espaço.
Deles eu percebi emanarem energias. Percebi que eles emitiam energias em minha direção. A luz que eles emitiam enchiam o espaço no Foco 35. A luz não era exterior, mas sim, originada daquelas pessoas.
Dentre os diversos rostos, vi alguns que eu ainda não conhecia. Seriam pessoas que eu vou conhecer ainda no futuro?
De todos eles senti emanarem energias.
(Assim estou ligado a todos...) - sentia assim. "Eu sou tudo" - aquela mensagem recebida no início fazia sentido para mim agora. De todos eles eu recebia vida.
Dentre eles, estavam alguns que eu havia odiado. Mas mesmo estes enviavam sua energia positiva para mim.
Dizem que quando a gente morria, reencontrávamos as pessoas mortas. Aquele que foi maldoso, entenderia a dor de quem foi mal tratado. Será que isto que estou vendo era algo semelhante a este reencontro no além?
Mas este reencontro nada tinha a ver com aquela idéia vingativa de 'olho por olho, dente por dentre', mas na forma de abençoar um ao outro.
Debaixo destes rostos, eu vi como que um anel deste nível de foco envolvendo o planeta terra, brilhando intensamente.
Talvez a vida no nosso planeta fosse devido a este anel que o envolvia. A Terra não era como daquela imagem obtida das naves do espaço, mas semelhante a uma pedra preciosa que brilhava nas cores do arco-íris. 
Olhei para cima.
Vi galáxias se estendendo. Eram mais que ajutamentos de estrelas - vi nitidamente as galáxias como reunião de muitas formas de vida. Em outras palavras, meus sentidos captavam as formas de vida nas galáxias.
O motivo porque percebi isto, era porque vi o mesmo anel de luz que envolvia a nossa terra. Este anel era diferente daquele que envolve o planeta Saturno, e, sim, um anel feito de energia pura.
Apartir destes anéis, diversos caminhos de luz se estendiam, sendo que um deles estava ligado à Terra.
"Estes caminhos devem ser o acesso para outros planetas e forma de vida" - pensei.
Vários corpos de luz se moviam por meio do caminho. Alguns passaram bem próximo de mim. A velocidade com que passavam não parecia tão rápida, chegando inclusive, a reduzir de velocidade a fim de observarem os planetas próximos. 
Percebi que alguns seres se assemelhavam a 'Haniwa' (bonecos de barro encontrado nas escavações, da era antiga quando a rainha Himiko governava os povos primitivos do Japão), pelo que pensei - talvez a entidade espiritual que mentorava a rainha Himiko tivessem vindo daqui, e assim criaram aqueles bonecos de barro...
(Se soubessem que o mundo do além é tão divertido assim, quem iria ter medo de morrer?) - pensei.
(...mas a questão é como atingir este nível de consciência do Foco 35...) - assim eu ponderava.
Tentei então falar com aquele ser que me apoiava.
"Who are you?"
"A resposta para esta pergunta é aquela mesma que você obteve - nada somos, pois aqui, nenhum conceito nos dá uma forma definida de ser. Por isso não somos ninguém." - respondeu a entidade de luz.
(fim da tradução...)
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Observações minhas:
Estas visões não precisam ser tomadas ao pé da letra. As  visão, por sua natureza subjetiva,  podem ser uma projeção do mundo particular de quem vê. O fato de que este autor vê tudo em formas que podem ser comparadas à cenas de filmes assistidos parece comprovar este fato. O próprio autro reconhece este fator, em uma parte do seu livro, escrevendo assim:
"...hoje, depois de experimentar tudo isto - encontrando-me com o meu outro EU - quando alguém me replica, sugerindo que tudo que eu havia visto na verdade, eram meras fantasias, produto da mente imaginativa, eu procuro responder desta forma: Sim, é possível que tenha sido assim; pois a viagem que parecia estar sendo para fora do meu corpo e para fora do planeta Terra, estava na verdade se mostrando para mim como uma viagem para interior de mim mesmo, ao encontro com o meu Eu".

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